PDSML RV 2018 - S01E01

Temporada 01 - Episódio 01: "Enquanto a chuva cai" | Localização: Nuvema Town
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Por intermináveis minutos a chuva caía fina nos telhados e janelas das casas da pequena Nuvema. O relógio já marcava sete horas da noite e nada da mãe de Otávio chegar em casa. Estava certo que seu trabalho era importante para o desenvolvimento do continente, porém, nunca se atrasara dessa forma. Infelizmente, nada podia ser feito a respeito disso, o jantar que o garoto preparara também já havia esfriado com o tiquetaquear na parede.
Finalmente, quase batendo quatro minutos para meia-noite, a renomada professora Aurea Juniper adentrou pela porta da frente da residência, contudo, ela não era apenas a personalidade mais importante para a ciência na região como também a mãe de um único filho, muito superprotetora pelo visto.
— Chegou cedo, hein, mãe? — Com a decepção estampada em evidência em sua face, o jovem reclamava da ausência da mãe, todavia, não demonstrava estar irritado.
— Sinto muito, filho, eu tive um dia difícil... Estava analisando dados que recebi de Hoenn do Professor Birch. Você deixa essa passar? — Totalmente exausta, Juniper ainda tentava conciliar a vida pessoal e trabalho, por mais que isso tivesse se mostrado quase impossível nesses anos como mãe. Em sinal de ressentimento, inclinou-se levemente para pedir desculpas ao garoto.
— Tudo bem, acontece... — Otávio suspirou em pausa — Bem, o jantar está no forno, coloquei lá depois de já ter esfriado.
— Já te disse que você é o meu filho favorito?
— O único, talvez?
— Vá lavar as mãos então, vou esquentar a comida que você preparou, está certo?
— Já volto então. — Otávio estalou os dedos, levantando-se do sofá, tendo passado boa parte dos momentos de espera enquanto mexia no celular.
A garoa não cessava e nem dava sinais de trégua. A noite, assim como o jantar, foi muito agradável. Desde pequeno, Otávio já sabia se virar com a casa, uma vez que sua mãe ocasionalmente o deixava sem algumas refeições por desatenção. Apesar desses contratempos, Juniper era uma mulher amorosa e dedicada, além de muito competente, da qual o garoto se orgulhava, não sendo de fato afetado pela rotina maluca do laboratório.
Enquanto apreciavam a lasanha, Otávio não podia deixar de reparar o quão estranha estava sua genitora — que com certeza não sabia esconder segredos. Geralmente deixava transparecer esse estado estando prestes a lhe dar algum presente, sobretudo perto de seu aniversário, mas não estava nem perto dessa época. Algo aconteceria muito em breve e ele deveria averiguar para matar logo essa curiosidade.
— Algum problema, filho?
— Não, por quê? — Em tentativa de desviar do assunto, Otávio conseguiu permanecer dissimulado, embora tivesse encarado sua mãe há poucos segundos.
— Não é nada. — Levantou-se para lavar a louça. — Só não derrube molho na mesa porque eu lavei essa cozinha ontem.
— Está bem...  O garoto ia aos poucos terminando seu jantar, ainda se mordendo de curiosidade, contendo-se com todas suas forças.
O que era chuva tornou-se tempestade, tão agitada quanto os pensamentos do loiro durante aquela noite. Seu interesse naquilo que sua mãe o escondia era tamanho que fora dormir duas horas mais tarde que o usual, até ceder ao cansaço. O quarto onde dormia era no segundo andar de sua casa, com pares azul bebê e decoração com souvenir Pokémon de todo o planeta, como pelúcias de Toucannon. Entretanto, o que mais chamava atenção era uma enorme estante de livros no canto do cômodo, provavelmente a segunda maior da cidade, atrás apenas da do laboratório. Juniper, assim que teve seu filho, sempre se interessou em ensiná-lo tudo que sabia. Fazê-lo se tornar um amante dos Pokémon e um pesquisador, se assim ele quisesse, seria a realização de sua missão como mãe. Para tal, a ele dispôs um grande acervo de livros que iam desde ficção infanto-juvenil até enciclopédias completas. E deu certo! Por mais que seu interesse pelo campo de pesquisa não fosse dos maiores, o garoto com certeza havia se tornado um rato de biblioteca de se orgulhar.
O tempo voou depressa como um Ninjask. Otávio perdeu a hora depois de cair no sono tão tardiamente, planejava bisbilhotar sua mãe no laboratório logo que amanhecesse, mas nem tudo saiu como planejado. Assim que abriu seus olhos, ainda de maneira tímida, quase saltou da cama ao se dar conta que o despertador não havia cumprido com sua única missão.
"Que merda... Eu coloquei três alarmes seguidos. Não tá dando mais."
Obstinado em chegar logo ao local de trabalho da mãe, Otávio tratou de ajeitar a roupa de cama e se despir o mais rápido possível, enfiando-se no banheiro sem nem prestar atenção no horário. Era meio-dia e doze, mais atrasado que imaginava. Embora tivesse nenhum compromisso oficial, seu radar para desconfiança estava atiçado —  algo não cheirava bem, e certamente não era a lasanha que azedou na noite anterior.
Enfim devidamente vestido, Otávio bateu com força a porta de casa e correu rumo à colina do laboratório. A caminhada era suave e a brisa colaborava para não deixá-lo suado depois de um rápido banho quente. Apenas dezessete, um metro e oitenta e um coração cheio de sonhos. Sobre o corpo, a tradicional calça jeans somava-se à antiga jaqueta vermelha com camisa preta. Aos poucos o sapato, também preto, ficava umedecido por fora graças às gotas de orvalho na grama baixa farfalhante. Chegando às longas escadas, continuou a correr, mesmo no perigo de escorregar no piso úmido, resultado daquela chuva de setembro. O céu, porém, continuava nublado por inteiro.
O laboratório era majestoso, possivelmente o lugar mais high-tech não só do continente mas do planeta. Aurea Juniper comandava uma equipe de pouco mais de vinte cientistas, ainda pouco para um local tão grande, mas tratavam-se apenas dos melhores de Unova e daqueles dispostos a aprender mais.
Abrindo a porta dupla, Otávio se deparou com o piso polido do ambiente, impecável como sempre. Limpou os pés na porta e já corria em direção ao salão principal, também conhecido como escritório de sua mãe. Alguns cientistas paravam seus trabalhos por um momento para, de longe, cumprimentar o filho da chefe.
— Bom dia, Otávio! Sua mãe já ia te chamar.  Com sua Musharna a seu lado, a cientista deixava seu cabelo longo solto como sempre, preso apenas por uma presilha de flor lilás. Pelo pouco que sua mãe comentava sobre o trabalho de sua assistente principal, o estudo da mesma estava na área dos sonhos de Pokémon e treinadores.
— Bom dia, Fennel! Muito obrigado! — O garoto continuava sua corrida ao encontro de sua mãe, parando apenas para acenar para a amiga de longa data de Juniper.
Ofegante, Otávio encostou as mãos no joelho e parou para respirar por um momento. Sua mãe aguardava algum pronunciamento do filho enquanto mantinha as mãos na cintura, contente por não ter que retornar a casa e acordá-lo por conta própria.
— Mãe? Tava me procurando? Entre uma palavra e outra, o loiro mantinha várias respirações curtas e apressadas, na tentativa de se recompor.
— Eu sei que você sabe de alguma coisa, se não, não viria pro laboratório correndo. Foi o jantar, não é?
— O que eu posso fazer se você não sabe disfarçar? Otávio riu, ainda esbaforido.
— Acho que tenho uma surpresa para você... Antes que o jovem afoito pudesse replicar, uma mão feminina tocou em seu ombro, levando-o a virar o rosto.
— Surpresa? A voz era doce e de alguém na mesma faixa etária da do garoto. Por mais que mais de dez anos tivessem se passado, não havia dúvidas, tratava-se de sua amiga de infância: Bruna,. Agora com longos cabelos loiros, também estava mais bonita do que nunca.
Assim como Otávio, Bruna nascera em Nuvema, mas mudou com sua família para Vermilion City, em Kanto. Porém, agora a situação havia mudado, e ela estava determinada a seguir em jornada, mas antes, aproveitou para esperar um pouco pelo amigo de infância antes de partir.
Parecia que pouca coisa tinha sido alterada em todo esse tempo, o estilo da garota era um desses pontos: a curta saia rodada de oncinha dava destaque para as curvas de Bruna. Assim como Otávio, o preto tinha seu destaque, como nas botas que passavam do joelho e na blusa estilo robe a combinar com a camisa branca. Em completo choque, não soube como agir diante daquela situação. Será que sua mãe havia planejado aquilo?
☆ Roupa 
— B-bruna? É você mesma? Gaguejando, Otávio deu um passo para trás, partindo, em seguida, a um longo abraço. — Que saudade... Já faz tanto tempo...
— Você não mudou nada...
— Vai ficar zoando de mim agora? O garoto riu, encerrando o abraço. — Mas... o que você está fazendo aqui? Você não tinha se mudado para Kanto?
— Minha família desembarcou em Castelia há duas semanas, vamos morar lá a partir de agora. Andei de lá até aqui protegida pelo Pokémon de minha mãe. Aliás, agora que já peguei meu pokémon inicial, professora Juniper, eu gostaria de pedir que você retornasse Jynx para ela pelo computador, tudo bem?
— Claro! — A professora pegou a Pokébola da mão de Bruna, colocando-a diretamente no Box de sua mãe. — Um favor para uma velha amiga, huh?
— Obrigada! Enviarei uma mensagem para ela retirar a Pokébola no Centro Pokémon da cidade. Saltitante, agradeceu a professora, que também não via há quase dez anos.
— Bem, filho, eu já ia te chamar aqui justamente por isso. A mãe de Bruna me ligou da viagem da filha até o laboratório. Você sabe que relutei em te deixar sair em uma jornada, mas acho que não há momento melhor. Seu próprio avô já reclamava de você ter dezessete e ainda não ter o seu primeiro Pokémon, um absurdo, ainda mais para o filho da professora.
— É, mãe, de fato. Já faz anos que eu penso em tentar o desafio dos ginásios.
— Acho que seria mais seguro para vocês dois se seguissem viagem até Castelia juntos. Terão seus pokémon iniciais ao seu lado.
— Você não faz ideia de quanto tempo eu esperei por isso. Sorriu Otávio, de olhos semicerrados, encarando a palma da mão direita.
— Mais uma coisa: eu gostaria que os dois me ajudassem a coletar dados para a Pokédex, de preferência completá-la. Não que eu precise ensinar algo para vocês, mas qualquer dado inusitado novo a Pokédex vai adicionar à base de dados global.
— Deixa com a gente! Bruna reverenciou a especialista Pokémon, curvando seu corpo suavemente. — Aliás, já sabe que Pokémon escolher?
— Antes de você escolher seu primeiro Pokémon, preciso te entregar esses itens que vão te ajudar na sua jornada: cinco pokébolas e uma Pokédex atualizada.
— Valeu, mãe!
— Agora é a hora da verdade! Snivy, Tepig, Oshawott, saiam!  Três pokébolas foram lançadas ao alto, revelando um pokémon tipo grama serpentino, um porco de fogo e uma lontra aquática. Todavia, por mais que o garoto já tivesse sua decisão pronta em mente há anos, hesitou em fazê-lo.

"Snivy, o Pokémon cobra. É muito inteligente e calmo. Ser exposto à luz do Sol faz seus movimentos mais rápidos. Ele usa suas vinhas mais habilmente que suas mãos."

"Tepig, o Pokémon porco flamejante. Tepig sopra fogo pelo nariz. Quando fica com um resfriado, o fogo torna-se uma fumaça negra. Antes de se alimentar de frutas, queima-as para torná-las crocantes."

"Oshawott, o Pokémon lontra marinha. Em resposta a um ataque, Oshawott retalia imediatamente cortando. A concha em sua barriga não é usada apenas para batalha, como também para fatiar frutas."
— Acho que nunca tive uma escolha tão difícil... eles são tão bonitos... Otávio parou por alguns segundos, enquanto os três faziam palhaçadas em sua frente. Snivy fazia pose, Tepig rebolava e Oshawott pulava para ser encarecidamente escolhido. — ... Mas acho que vou escolher o Oshawott! O aquático fez careta para os demais. Tepig caiu no chão junto com Snivy, quebrando a cara.
— Muito bem! Podem retornar, Snivy, Tepig! Obrigada pela ajuda! Um feixe de luz vermelha trouxe-os de volta para suas pokébolas. — Bruna, você quer ser uma coordenadora, correto? Ouvi dizer que o primeiro torneio da região será organizado em Castelia.
— Torneio Pokémon? Você quer ser uma coordenadora? Otávio perguntou incrédulo
— Quero sim. Até há pouco tempo não haviam torneios em Unova, mas graças a esforços da comunidade internacional, estão organizando os primeiros nesse ano. Essa é minha chance!
— Filho, você que está em busca do ginásio mais próximo, não é novidade que os de Striaton e Nacrene fecharam depois do que aconteceu nos últimos anos. O destino de vocês por enquanto é mesmo Castelia.
— Acho que estou pronto!
— Eu também, professora.
— Quem diria que eu estaria aqui para assistir isso... Bruna, tome conta do meu filho, está bem?
— MÃE!
— O que foi?
— Nada... Otávio suspirou.
— Mandem me mensagem sempre que puderem. Fennel vai coletar alguns dados na Chargestone Cave dentro de alguns dias, então me mantenham em contato que estou curiosa para ver como vocês dois se sairão!
Otávio correu ao abraço de sua mãe, quase rompendo uma lágrima diretamente de seu rosto. Aquilo não era um adeus, apenas um até logo. Seu coração quase saltava para fora de tanta saudades que sentia, mesmo a centímetros de distância dos braços de sua genitora. Com o mesmo silêncio que teve no começo, o gesto de carinho se deu por encerrado.
— Tchau, mãe, até!  O coração ainda pesava, porém, um sorriso decorava sua face, um pouco aliviado e de alma lavada.
— Até mais, professora! Bruna acenou, saindo do laboratório ao lado do companheiro de infância, animada como nunca antes.
O caminhar dos dois amigos estava sincronizado. Deram o primeiro passo juntos fora do laboratório. Fazia definitivamente mais frio do que antes que entraram, inclusive a ventania estava mais forte. Bruna respirou fundo e contatou de imediato:
— É... vai chover.
— Acha que somos rápidos o bastante para chegar em Accumula Town? O loiro encarou as nuvens com desdém.
— Bem... Antes que pudesse completar a frase, seu parceiro de jornada já estava há metros de distância, correndo:
— Você é tão lenta assim? — Debochava.
— Quantos anos você têm? Você é idiota? Irritada e com o cabelo bagunçado, Bruna foi atrás de Otávio, exibindo o mesmo comportamento infantil de nove anos atrás.
Quando finalmente o alcançou, era porque o mesmo já havia desacelerado. Suas pernas eram bem menores que as dele, se aquilo continuasse provavelmente seria despistada. Otávio, por outro lado, mostrava-se despreocupado, apreciando as árvores e a arte das coisas que a natureza dava. Encontravam-se na Rota Um, a alguns metros da saída de Nuvema Town.
— Hey... vai devagar... — Sem fôlego, Bruna reclamava do ritmo de Otávio, que a ignorava não intencionalmente.
— O que disse?
— Se você ficar me deixando pra trás a gente pode ter problemas. Jogou o cabelo para o alto e deu uma aspirada profunda, na tentativa de recuperar sua energia.
— Ah, qual é. Vai dizer que não tá animada?
— Eu falei sério quando disse que você não mudou. Continua se comportando como uma criança. Com as mãos nos joelhos, ofegava.
— Huh... Já faz tanto tempo, né?
— Vai fazer dez anos em dois meses...
— Não sei como passei todo esse tempo longe de você. Parando para pensar, comparado a agora, foi bastante chato.
— Não precisa ser humilde assim. Deve ser bem divertido ter a professora como mãe...
— Na medida do possível... Deu uma pausa — Bem, deixa isso para lá. Você até agora não me mostrou o seu Pokémon!
— Está certo! Pode sair, Snivy!

O pokémon serpentino foi liberado da pokébola da dona, indo direto para os braços de Bruna. Apesar de bem meigo, Snivy era orgulhoso. Contudo, o mais importante é que ele havia simpatizado com Otávio.
— Pode vir, Oshawott! Venha conhecer seu novo amigo.
Assim que liberado, a pequena lontra soltou uma risadinha, dando um pulo ligeiro ao céu e se envolvendo em uma bola de energia, da qual saiu outra criatura.

— O-o que aconteceu? Gaguejando e sem palavras, Bruna se surpreendeu ao ver um pokémon completamente diferente de Oshawott dentro de um intervalo de meio segundo. Otávio não pensou duas vezes e apontou sua Pokédex, já tendo decifrado a maracutaia por detrás:
"Zorua, o Pokémon raposa trapaceira. Para se proteger do perigo, Zorua esconde sua verdadeira identidade se transformando em pessoas e Pokémon. É popularmente dito que se uma criança faladeira para de falar repentinamente ela pode ter sido substituída por um Zorua."
— Eu tenho certeza que peguei a Pokébola correta, ele deve ter vindo transformado direto do laboratório. Minha mãe provavelmente se confundiu.
— Arceus. Vai devolver ele?
— Eu não sei se posso fazer isso. Não quero, na verdade. Não seria certo com o Zorua... Além do mais, ele é muito bonitinho.
— Tenho que concordar. Bruna gargalhou. — Reparou que esse daí é um pouco diferente do da foto da Pokédex?
— Reparei sim, vou mandar uma mensagem para minha mãe.
Ao término de sua frase, uma garoa fina tomou conta da paisagem, molhando ambos de pronto. Instintivamente, os dois colocaram a mão sobre a cabeça, procurando por um local seco para se protegerem da chuva.
— Que azar...
— Vem, encontrei abrigo! Otávio arrastou a garota até uma toca abandonada atrás de um pinheiro. Alguns barulhos podiam ser escutados do lado de fora: era agitação de Pokémon selvagem no exterior. — Shhhh, não faça barulho.
— Sabe, Otávio... Isso me traz tantas lembranças...
— Quando você ficou escondida em uma toca velha?
— Não desse tipo, idiota. Riu baixinho. — É bom ter você de volta. Colocou a mão direita sobre a esquerda do rapaz, apoiando sua cabeça em seu ombro.
— Também senti sua falta. Correspondendo ao gesto, Otávio fez o mesmo, aproximando-se mais da garota.
Snivy e Zorua também se encolhiam, mas em lados opostos. Aparentemente não tinham se dado tão bem quanto os donos. Todavia, preparavam-se para tirar um breve cochilo no aconchego daquela toca.
— Acho que posso me acostumar com isso disse Bruna encarando o horizonte.


"Querido diário, 
eu tenho tanto pra escrever
mas por enquanto eu só quero dizer...
que faz tanto tempo que não me sinto assim.
[...]"
- Bruna
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